Tecnologias digitais no ensino-aprendizagem de línguas

Ao longo de minha trajetória como professora de língua inglesa, sempre utilizei diversas tecnologias digitais tanto em sala de aula, quanto no ensino híbrido e na educação on-line de forma a complementar e expandir as oportunidades de aprendizagem. Há uma infinidade de tecnologias digitais criadas para fins educacionais e outras que podem ser adaptadas para este fim. Neste post, compartilho dez tecnologias digitais que tenho utilizado no ensino de língua estrangeira, mas que também podem ser adaptadas para outras disciplinas.

Contudo, o primeiro passo para a escolha de uma tecnologia específica é estabelecer os objetivos de aprendizagem da aula ou da atividade. Nesse sentido dois modelos podem contribuir na definição dos objetivos e como as tecnologias serão utilizadas: a Taxonomia de Bloom e o modelo SAMR de integração de tecnologias. Além disso, é fundamental considerar que as tecnologias permitam aos estudantes desenvolverem os 4 Cs da Era Digital, ou seja, comunicação, colaboração, criticidade (pensamento crítico) e criatividade.

Taxonomia de Bloom

As 10 tecnologias que compartilho aqui são gratuitas (algumas com restrições na versão gratuita) e podem ser utilizadas de diversas maneiras para alcançar diferentes objetivos de aprendizagem.

  1. Padlet: Criar murais colaborativos com imagem, vídeo, áudio, etc.; publicar e compartilhar trabalhos de alunos; criar glossários colaborativos; criar linhas do tempo e mapas mentais, entre outros.
  2. Kahoot: Criar quizzes gamificados para revisão de vocabulário e conceitos; utilizar quizzes criados por outros professores e instituições; realizar avaliação formativa; alunos podem criar quizzes para avaliar os colegas.
  3. Quizlet: Criar cartões para estudo (por exemplo, vocabulário, com áudio). O aplicativo cria diversas atividades a partir dos cartões criados para o auto-estudo e para competição entre estudantes.
  4. Edpuzzle: Criar atividades de compreensão oral a partir de vídeos do YouTube, Ted Talks, entre outros.
  5. Google Forms: Criar trilhas de aprendizagem para os alunos personalizando a experiência de aprendizagem; criar mini-testes com correção automática para avaliação formativa; criar formulários de avaliação da disciplina; etc..
  6. Google Sites: Criar sites com materiais para auto-estudo, indicação de recursos para aprendizagem de línguas; estudantes podem criar sites para a apresentação de projetos.
  7. Zunal: Criar ou utilizar webquests criados por outros professores. Os webquests são organizados por disciplina e por segmento (Educação Básica, Ensino Superior, etc.).
  8. Biteable: Criar animações para apresentar ou revisar conteúdo; estudantes podem criar animações para aplicar e sintetizar o conteúdo aprendido.
  9. Pathbrite: Criar portfólios digitais para a avaliação da aprendizagem, nos quais os estudantes apresentam os produtos desenvolvidos ao longo do semestre, as competências adquiridas e refletem sobre o processo de aprendizagem.
  10. Flipgrid: Criar vídeos curtos sobre um tema apresentado pelo professor em forma de painel colaborativo.
Tecnologias digitais & Taxonomia de Bloom

Nesta playlist, compartilho algumas atividades que realizei com estas tecnologias.

Para finalizar, trago Marta Gabriel, que em seu livro “Educ@r: a revolução digital na educação”, afirma que

“Tecnologia não é diferencial, mas o modo como a utilizamos, sim”. (p. 7) e “[…] toda nova tecnologia é tanto uma benção como um fardo […]”, “[…] as novas tecnologias tanto podem auxiliar como atrapalhar os processos educacionais. A sua mera presença em si não é uma vantagem, mas o seu uso apropriado o é.” (p. 12).

Ou seja, as tecnologias digitais podem tanto potencializar os processos de aprendizagem, quanto simplesmente reproduzir práticas antigas e ineficazes, tudo depende da forma como as utilizamos, e, principalmente, como nossos alunos as utilizam para desenvolver os 4 Cs da era digital (comunicar, colaborar, criar e pensar criticamente).

Referência:

GABRIEL, M. Educ@r: a (r)evolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013. 241 p.

Tecnologias digitais no ensino-aprendizagem de línguas

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